SAUDAÇÕES!

A cada dia vemos a necessidade de ajudar o planeta de alguma forma. Enquanto algumas entidades discutem em congressos mundiais, podemos, em nossa própria casa, bairro, cidade ou região, ir dando um apoio também.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL é uma forma de atingir metas. Através dela podemos levar conhecimentos e dinâmicas para diversas pessoas, inclusive as crianças, que são solos férteis para o cultivo dessa idéia e também nunca esquecendo dos adultos.
Hoje estou mostrando um pouco de tudo que há de belo e diferente no mundo. A função do "ZooTerra" é emergir novidades. Quem sabe você, ou seu próprio filho, não desperte uma vontade de estudar tal bicho futuramente e contribuir para o mundo?
Por isso tudo, lanço uma pergunta: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PARA SALVAR O MUNDO?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

JACARÉ, ALIGÁTOR, CROCODILO OU GAVIAL - 3ª parte



BRASILEIROS

Agora que sabemos algumas diferenças básicas e simples quanto à classificação dos crocodilianos a ênfase maior será em nossos animais.
É importante conhecer quem são os crocodilianos, onde vivem o que comem, mas tão importante quanto saber sua biologia é saber que correm risco e precisam de nossa ajuda.
O Brasil possui espécies muito interessantes. De 8 espécies da família Alligatoridae 6 ocorrem aqui e em países vizinhos. Antigamente eram muito utilizados em restaurantes como pratos “diferentes”, mas felizmente, hoje não são tão perseguimos justamente pela criação de criadouros voltados para o comércio de sua carne e pele, principalmente, mas não significa que estão livres da caça. Porém, em áreas não protegidas ou com pouca fiscalização do IBAMA e outros órgãos, teoricamente “competentes”, estão sendo dizimados. A fiscalização com pessoal adequado, treinado e da área facilitaria a sobrevivência das espécies, mas o que verificamos é um pessoal incapacitado que é subornado a todo o momento e, o pior, números reduzidos de fiscais por área fiscalizada. É como se fosse 1 fiscal para atender o Estado da Bahia inteiro e, mesmo assim, desprovido de condução própria tendo que pegar carona para chegar até seu objetivo. Um absurdo! Mas, é isso que acontece quando se possui um governo corrupto e ganancioso.

Jacaré-açu (Melanosuchus niger)

Comprimento: 6 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção, depende de conservação.
Habitat: rios de águas calmas, riachos, lagos, igarapés e alagados em terras úmidas.
Alimentação: invertebrados, piranhas, bagres, catetos, capivaras.
Reprodução: constrói o ninho durante a estação seca e põe de 30 a 60 ovos que são incubados por 42 a 90 dias.
Curiosidade: mostram maior atividade de caça à noite tendo visão e audição agudas.

Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)


Comprimento: M = 3 m; F = 2 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção
Habitat: pântanos, brejos, estuários, açudes e rios
Alimentação: invertebrados e pequenos vertebrados; os filhotes são insetívoros em potencial; adultos têm força para esmagar cascos de tartaruga.
Reprodução: constrói o ninho próximo da água, no início do período chuvoso, e deposita de 20 a 60 ovos que são incubados por 60 a 90 dias.
Curiosidade: nesta espécie o macho ajuda a fêmea a construir o ninho e cuidar dos filhotes e quanto mais velha for, mais ovos depositará.

Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare)


Comprimento: M = 3 m; F = 2 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção
Habitat: pântanos, áreas alagadas, rios e lagos. Associa-se a vegetação flutuante.
Alimentação: invertebrados aquáticos (caranguejos e caramujos), peixes, capivaras, catetos e serpentes.
Reprodução: ocorre no meio da estação chuvosa; além de construir o ninho em terra firme não é raro vê-los sobre a vegetação flutuante; deposita de 21 a 38 ovos que são incubados por 80 dias.
Curiosidade: devido a grande pressão de caça que sofreu, e quase o levou à extinção, as fêmeas chegam a abandonar o ninho na presença do homem.

Jacaretinga (Caiman crocodilus)


Comprimento: M = 2,50 m; F = 1,50 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção
Habitat: extremamente adaptável a todos os tipos de habitats fluviais, entretanto, prefere águas mais calmas.
Alimentação: invertebrados aquáticos quando jovens e vários vertebrados maiores (peixes, anfíbios, répteis, aves aquáticas e pequenos mamíferos), quando adulto.
Reprodução: tornam-se adultos entre 4 e 7 anos. A fêmea procura um local protegido para depositar os ovos, de 14 a 40, e protege os ovos pacientemente por 90 dias de incubação.
Curiosidade: animais não dominantes crescem menos, devido ao estresse e não têm chance de reproduzir; existem duas subespécies: Caiman crocodilus apaporis e Caiman crocodilus fuscus.

Jacaré-paguá (Paleosuchus trigonatus)


Comprimento: M = 2,60 m; F = 1,50 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção.
Habitat: córregos florestais rasos; adultos passam a maior parte do tempo em tocas situadas longe da água.
Alimentação: juvenis comem grandes porções de invertebrados terrestres, e os adultos incluem vertebrados como: serpentes, roedores e peixes.
Reprodução: a fêmea constrói o ninho antes do período chuvoso e põe de 10 a 20 ovos que incuba por 115 dias; atinge a maturidade aos 1,30 m e o macho 1,40 m.
Curiosidade: existe registro desta espécie a altitudes de 1.300 m, o que é considerado muito alto para um crocodiliano.

Jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus)

Comprimento: M = 1,60 m; F = 1,20 m
Lista Vermelha (IUCN): Baixo risco de Extinção.
Habitat: rios com vegetação marginal, córregos e florestas alagadas ao redor de grandes lagos.
Alimentação: os filhotes são insetívoros; adultos comem peixes, caranguejos, camarões e moluscos.
Reprodução: durante a estação chuvosa o ninho é construído com vegetação e lama onde a fêmea põe de 10 a 25 ovos que são incubados por 80 a 90 dias.
Curiosidade: sua pele dura trouxe duas vantagens: uma super proteção para seu corpo e a desvalorização do valor comercial de sua pele, impedindo a pressão da caça.



Próximo domingo a última parte dos crocodilianos.
Boa semana!
Abraços




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