Olá.
Você já deve ter percebido que neste mundo tem muitos espertinhos. Tem aquele seu colega que quer levar vantagem em tudo; aquela promoção que só você acha que está ganhando, mas que na realidade quem ganhar é o vendedor, enfim, são tantos exemplos. Talvez você não saiba, mas a natureza também tem seus truques. Não pense que só seres humanos são espertos e inteligentes.
Hoje vamos falar um pouco sobre as aves parasitas.
Você já deve ter percebido que neste mundo tem muitos espertinhos. Tem aquele seu colega que quer levar vantagem em tudo; aquela promoção que só você acha que está ganhando, mas que na realidade quem ganhar é o vendedor, enfim, são tantos exemplos. Talvez você não saiba, mas a natureza também tem seus truques. Não pense que só seres humanos são espertos e inteligentes.
Hoje vamos falar um pouco sobre as aves parasitas.
Cuco... cuco...
Quem nunca viu algum desenho, do Pica-pau ou Tom & Jerry, onde havia um relógio na parede “cantando” o tempo todo e não os deixava dormir? É quase um clássico não é?! Pois bem, aquele bendito cuco existe sim, é da ordem dos Cuculiformes e vive na Europa e Ásia.
Diziam os antigos que tais relógios eram feitos com a ave empalhada, mas a verdade é que a ave é entalhada na madeira. Porém, alguns humanos sarcásticos adaptaram a idéia e começaram a fazer piadas de mau gosto com as aves, como mostra a figura a baixo.
Fora da época do acasalamento o cuco leva uma vida solitária. Alimenta-se de pequenos invertebrados, sobretudo insetos. Larvas peludas de insetos são um de seus alimentos preferidos. Possui dimorfismo sexual, ou seja, macho e fêmea são diferentes, neste caso, quanto sua coloração.
O cuco é péssimo pai e prefere destinar esta tarefa a outras aves. Quando um pequeno deixa por instantes seu ninho, a fêmea do cuco retira um ovo e bota um dos seus no lugar. Essa operação leva poucos segundos.
Aparentemente as diferenças quanto ao tamanho e cor são bem nítidas, mas para a ave parasitada não tem importância. Ela ficará olhando por alguns instantes e voltará a incubar os ovos. Há casos onde o ovo do cuco é muito parecido com os ovos de outras espécies de aves parasitadas.
Geralmente, os ovos do pássaro hospedeiro requerem treze a quinze dias de incubação e o ovo do cuco apenas doze. Assim o filhote de cuco nasce primeiro.
Depois de 1 a 2 dias, o filhote de cuco joga os outros ovos para fora do ninho, erguendo-os nas costas, com o auxílio das asas. Se já tiverem eclodido, joga também os filhotes.
Depois de 1 a 2 dias, o filhote de cuco joga os outros ovos para fora do ninho, erguendo-os nas costas, com o auxílio das asas. Se já tiverem eclodido, joga também os filhotes.
A “mãe adotiva”, supondo que o cuco é seu filho, cuida dele com todo o carinho. Com apenas três semanas ele já ocupa o ninho inteiro.
Aqui no Brasil também tem cuco, mas eles são diferentes morfologicamente comparados com seu primos europeus.
CHOPIM
No Brasil temos um representante parasita também. Ele se chama chopim, vira-bosta ou maria-preta. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes.
Mede cerca de 20 cm. O macho adulto é preto-azulado, mas dependendo da iluminação só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura.
No Brasil temos um representante parasita também. Ele se chama chopim, vira-bosta ou maria-preta. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes.
Mede cerca de 20 cm. O macho adulto é preto-azulado, mas dependendo da iluminação só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura.
Entre julho e dezembro marca o início da reprodução, mas é após o acasalamento que inicia-se a fase pela qual a espécie é mais conhecida. Esta espécie não constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no ninho de cada hospedeiro.
O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o vira-bosta é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do vira-bosta é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do vira-bosta pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência.
O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o vira-bosta é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do vira-bosta é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do vira-bosta pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência.
Abaixo alguns pobres coitados parasitados:
AVES MELHORES ADAPTADAS
Vimos que há aves “espertinhas” como o cuco e o chopim que deixam outras aves cuidarem totalmente de seus filhos, desde a incubação até a idade adulta praticamente. Porém há um pássaro australiano que não cai nessa jogada: o Diamante-gold (Chloebia gouldiae).
Os Diamantes-gold são aves pacíficas e gregárias que gostam de companhia. Na natureza, vivem em grandes bandos. Os machos não lutam entre si e, mesmo durante a época de reprodução, o grupo vive harmoniosamente em conjunto. Em cativeiro estas aves devem ser mantidas em grupos, em vez de casal ou mesmo individualmente. É aconselhável ter mais machos do que fêmeas, de modo a permitir que estas possam escolher um parceiro.
A escolha do ninho é feita com muito critério e cuidado. Somente ninhos em perfeitas condições serão utilizados. O casal escolhe buracos com uma profundidade bem comprida deixando seu interior o mais escuro possível. Quanto mais escuro melhor.
Mesmo na Austrália há aves parasitas como podemos ver na Europa, Ásia e em nosso continente. Mas, esta espécie passa por essa desagradável situação com um simples detalhe: seus filhotes brilham no escuro! Daí a importância de um ninho bem escuro. Ao ser alimentado, o filhote escancara a boca e quatro pontos bem vivos e brilhantes servem para orientar os pais na direção certa que o alimento será colocado. Além disso, se os adultos vêem outro padrão de cor, não irão alimentar e deixarão o intruso de lado, sendo descartado posteriormente.
Desperte sua curiosidade e pesquise mais sobre esses magníficos animais!
Abraços!
Agradecimento:
Bióloga Valéria Bueno pela sugestão da matéria
Guia ilustrado O MUNDO DOS ANIMAIS – Aves I
Guia de Campo: AVES da Grande São Paulo
Guia de Campo: AVES da Grande São Paulo
5 comentários:
Excelente matéria acompanho, constantemente o seu blog, esta de parabéns. Grande abraço!
Olá Ronan, tudo ok?!
Cara, que bom que você está gostando. Aproveito pra deixar aberto para sugestões de matérias para o blog. Eu tenho uma série de outras matérias interessantes, mas o que me falta é tempo mesmo. Gostaria de colocar, no mínimo, uma matéria por semana mas...
Me passa teu e-mail depois, assim o cadastro em uma lista própria de seguidores que tenho.
Abraços.
Danianderson
Adorei essa postagem.
Tenho uma foto de um ninho feito numa samambaia aqui em casa, com um ovo "intruso". Vou procurar a foto para vc ver.
Parabéns e um 2010 cheio de flores!
Camila
Olá Camila.
Sabe, vou montar uma matéria sobre ninhos mais pra frente. Se vc conseguir esta foto eu a coloco no blog, com os devidos créditos.
Um ótimo 2010 pra vc tbm!
Danianderson
Grande,Danianderson.
Minha sugestão seria uma matéria sobre o Urutau. Há um bom tempo estou pesquisando sobre esta ave, e confesso que cada dia que passa ela me surpreende mais. Já fiz alguns registros aqui em minha cidade, e poucas pessoas o conhecem. Acho que seria bacana.
Meu email é: ronanrabelo@hotmail.com
Ótimo 2010 a você e toda sua família, um grande abraço!
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